domingo, 28 de março de 2010

Um pouco de tudo... e um monte de nada

Nada mais clichê do que começar esse post com a frase "faz muito tempo que eu não escrevo aqui!" E é a pura verdade! Desde a moda Twitter que eu não escrevo. E devo dizer, eu aderi bem a essa nova modalidade de comunicação/mídia digital!
Depois desse tempo off-blog cá estou de novo e devo dizer que sem nada de novo! Ainda não tenho minha empresa, e não sou ainda um bom empreendedor ou engenheiro administrador do meu próprio empreendimento. Chegarei lá! Só que hoje é um dia, um daqueles dias, antes do dia que terei a ideia que pode criar uma empresa estrela.
Enquanto isso sigo a vida de um típico homem de 26 anos, procurando ganhar o salário no final do mês, ter alguns amigos para jogar conversa fora, contar histórias de aventuras e desventuras, viagens, festas, livros lidos, filmes que gostaria de ver, lugares por onde passei e pessoas que conheci nessas andanças.
Por falar nisso essa nova caminhada vai ser a pé2! (Porque todo dia é dia mundial sem carro) Oficialmente um mal partido ou um partido não tão atraente assim para as mulheres que julgam um cara pelo poder aquisitivo dele e por ele ter ou não carro! Desculpem senhoritas, esse rapaz que vos escreve não tem carro! E pelos planos que faço, provavelmente irei adquirir um veículo num futuro não planejado ainda! (Se você souber o telefone de um bom serviço de táxi, por favor deixe em um comentário para mim! Obrigado).
Já cogitei a ideia de criar a minha própria empresa de serviço de táxis mas o problema está em conseguir esse capital, lidar com um mercado "monopolizado" e ditado por regras que não existem. Pois bem, deixemos de lado essa ideia e vamos continuar!
Essa última frase me fez lembrar o Coelho do filme Alice no país das maravilhas! Sempre atrasado o animalzinho do filme original atiça a curiosidade da garotinha de vestido rodado e loiros cabelos compridos até um mundo todo diferente, cheio de personagens exóticos que serão recriados pela mente de um dos diretores mais loucos da atualidade! Uma combinação interessante de atores ajudam a fazer desse novo filme algo surpreendente! Dos personagens da histórias, os que mais me marcaram foram a Centopéia, dona de ideias instigantes e o Gato com seu sorriso sinistro capaz de se esconder no luar! Sempre que eu vejo um lua minguante eu lembro do gato e ao ver um narguire, trago a imagem da centopéia da história a minha mente! Algo surpreendente nesse país imaginativo tão ligado ao nosso próprio cotidiano, contado na forma de fantasia! Será mesmo fantasia ou o nosso dia a dia é de um todo fantástico?
E aqui vamos nós, ouvir as histórias do livro... http://librivox.org/alices-adventures-in-wonderland-by-lewis-carroll

sábado, 6 de março de 2010

Tempo de escolher

“Um homem não é grande pelo que faz, mas pelo que renuncia.”
(Albert Schweitzer)
Muitos amigos leitores têm solicitado minha opinião acerca de qual rumo dar às suas carreiras. Alguns apreciam seu trabalho, mas não a empresa onde estão. Outros admiram a estabilidade conquistada, mas não têm qualquer prazer no exercício de suas funções. Uns recebem propostas para mudar de emprego, financeiramente desfavoráveis, porém, desafiadoras. Outros têm diante de si um vasto leque de opções, muitas coisas para fazer, mas não conseguem abraçar tudo.
Todas estas pessoas têm algo em comum: a necessidade premente de fazer escolhas. Lembro-me de Clarice Lispector: “Entre o ‘sim’ e o ‘não’, só existe um caminho: escolher.”
Acredito que quase todas as pessoas passam ao longo de sua trajetória pelo “dilema da virada”. Um momento especial em que uma decisão clara, específica e irrevogável tem que ser tomada simplesmente porque a vida não pode continuar como está. Algumas pessoas passam por isso aos 15 anos, outras, aos 50. Algumas talvez nunca tomem esta decisão, e outras o façam várias vezes no decorrer de sua existência.
Fazer escolhas implica renunciar a alguns desejos para viabilizar outros. Você troca segurança por desafio, dinheiro por satisfação, o pouco certo pelo muito duvidoso. Assim, uma companhia que oferece estabilidade com apatia pode dar lugar a outra dotada de instabilidade com ousadia. Analogamente, a aventura de uma vida de solteiro pode ceder espaço ao conforto de um casamento.

PRAZER E VOCAÇÃO
Os anos ensinaram-me algumas lições. A primeira delas vem de Leonardo da Vinci, que dizia que “A sabedoria da vida não está em fazer aquilo que se gosta, mas em gostar daquilo que se faz”. Sempre imaginei que fosse o contrário, porém, refletindo, passei a compreender que quando estimamos aquilo que fazemos, podemos nos sentir completos, satisfeitos e plenos, ao passo que se apenas procurarmos fazer o que gostamos, estaremos sempre numa busca insaciável, porque o que gostamos hoje não será o mesmo que prezaremos amanhã. Todavia, é indiscutivelmente importante aliar prazer às nossas aptidões; encontrar o talento que reside dentro de cada um de nós, ao que chamamos de vocação. Oriunda do latim vocatione e traduzida literalmente por “chamado”, simboliza uma espécie de predestinação imanente a cada pessoa, algo revestido de certa magia e divindade.(...)
Escolhas são feitas com base em nossas preferências. E aí recorro novamente à etimologia das palavras para descobrir que o verbo preferir vem do latim praeferere e significa “levar à frente”. Parece-me uma indicação clara de que nossas escolhas devem ser feitas com os olhos no futuro, no uso de nosso livre arbítrio. O mundo corporativo nos guarda muitas armadilhas. Trocar de empresa ou de atribuição, por exemplo, são convites permanentes. O problema de recusá-los é passar o resto da vida se perguntando “O que teria acontecido se eu tivesse aceitado?”. Prefiro não carregar comigo o benefício desta dúvida, por isso opto por assumir riscos evidentemente calculados e seguir adiante. Dizem que somos livres para escolher, porém, prisioneiros das conseqüências...
Para aqueles insatisfeitos com seu ambiente de trabalho, uma alternativa à mudança de empresa é postular a melhoria do ambiente interno atual. Dialogar e apresentar propostas são um bom caminho. De nada adianta assumir uma postura meramente defensiva e crítica. Lembre-se de que as pessoas não estão contra você, mas a favor delas.
Por fim, combata a mediocridade em todas as suas vertentes. A mediocridade de trabalhos desconectados com sua vocação, de empresas que não valorizam funcionários, de relacionamentos falidos. Sob este aspecto, como diria Tolstoi, “Não se pode ser bom pela metade”. Meias-palavras, meias-verdades, meias-mentiras, meio caminho para o fim.
Os gregos não escreviam obituários. Quando um homem morria, faziam uma pergunta: “Ele viveu com paixão?”.
QUAL SERIA A RESPOSTA PARA VOCÊ?

Fonte: COELHO, Tom. Disponível em: http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=6415 Acesso em: 07 mai. 2008.(adaptado)